domingo, fevereiro 27, 2005

Um suspense de qualidade

Jogos Mortais é um excelente thriller. O diretor James Wan conseguiu ter um roteiro enxuto e bem redigido. Carlos Gerbase e Aníbal Damasceno sempre destacaram a importância de um texto bem escrito, o que é o caso desse suspense. Segundo consta no site Cena de Cinema, de Renato Martins, o filme circulou durante anos pelos corredores de Hollywood, tendo inclusive cenas pré-gravadas. O diretor conseguiu seguir as regras de Hitchcock e dar os ingredientes em pequenas porções. Os dois atores principais são poucos conhecidos, Leigh Wahnnell (Adam) Cary Elwes (Dr. Lawrence Gordon). Danny Glover é o único ator de destaque, no papel do detetive David Tapp. Vale a pena ir ao cinema vê-lo, é um filme nota 9.

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Supremacia Buorne, será? HQ Supremacia!

O filme Supremacia Bourne, de Paul Greengrass, é um filme certinho. Mas "certinho" não é o melhor elogio que um filme pode ter. Ainda mais se tratando de um thriller ou filme de ação. O enredo até é atraente, mas falta alguma coisa. Eu diria que falta "essência", um sentido para o filme. Ele não está ligado a nenhum evento real, é um filme de espionagem à moda antiga, mas com muita ação e correria. Matt Damon até que está bem, como é sua caraterística, mas o personagem não tem carisma. Nota 6. E depois vem a continuação, O Ultimato de Bourne, prometido para 2007. Acho que é um belo filme para ser exibido na tevê, no final da noite, para o cara ver e ir dormir tranqüilo. O diretor está acertado para dirigir The Watchmen, uma adaptação para uma das melhores histórias em quadrinhos de todos os tempos. É que na verdade está tndo um novo boom de filmes baseados em HQs. Depois de Homem-Aranha, Hulk, Demolidor, Justiceiro, Batman, Super-Homem, Elektra, X-Men, Blade, Hellboy e Spawn, vem aí: Quarteto Fantástico, Sin City, Constantine, Batman Begins, Superman 5, Hulk 2, Homem-Aranha 3, Magneto, Wolverine, X-Men 3, O Monstro do Pântano, Blade 4, Homem de Ferro, Namor, Motoqueiro Fantasma, Justiceiro 2, Viúva-Negra, Doutor Estranho, Deathlok, Surfista Prateado, Homem-Formiga, Pantera Negra, Nick Fury, Thor e Capitão América. É muito filme baseado em desenho!

O novo Grêmio

Depois de colocar as charges do Peli e o texto do Marcelo Xavier resolvi retomar as minhas "crônicas". Vou começar falando do Grêmio. Até meados de janeiro Mário Sérgio, o diretor executivo do clube, contratou um monte de jogadores desconhecidos e começou a montar um time. De León chegou trazendo as faixas de campeão da América e do Mundo no peito para sinalizar que estava voltando ao Olímpico para agradecer ao clube pelos feitos passados. Também estava de olho no mercado brasileiro, maior do que o uruguaio, já que não conseguiu ser o "selecionador nacional", que lhe daria muito mais visibilidade. Mas fez uma burrada de cara. Não sei se foi por falta de informação ou porque o Mário Sérgio o aconselhou. Resolveu tirar o Márcio do gol para botar o desconhecido Eduardo. Em poucas partidas, a torcida gremista (que tem o péssimo hábito de condenar primeiro e ver se é bom depois) pegou no pé do goleiro e pedir a entrada do antigo titular.
O azar de Eduardo é que o cara começou a tomar gols defensáveis e fazer poucos milagres. O meu amigo Maifruz sempre enalteceu o goleiro que toma os gols que são impossíveis de defender, que defende os fáceis, pega a maioria das bolas difíceis e faz uns milagres de vez em quando. Danrlei era assim, apesar de haver uma grande parte da torcida que reclamava que ele não sabia sair em bola aérea ou que tomava gols de longe (lembro de ver Marcelinho Carioca e Roberto Carlos agradecendo o fato de o Danrlei não querer barreira).
Depois da partida contra o Bahia, em que acabamos perdendo por 2 a 1, espero que De León tome uma atitude antes que a vaga escorra por entre os dedos do Eduardo. Se eu fosse o presidente Odone (nome parecido com Obino, não?) já mandava o cara embora, acerta a renovação do Andrey e tornava o Márcio titular automaticamente. Mas pelo jeito Odone vai repetir Guerreiro e Obino e deixar mais um bom jogador fugir do Olímpico por besteira.
Pelo menos vejo com bons olhos o jovem Samuel. Ele parece um atacante de muitas qualidades. É forte, rápido, sabe cabecear, tem um chute forte com o pé direito e tem uma ótima virada, como vimos em Salvador. É preciso lapidar o garoto, ensinar a chutar com os dois pés (um de cada vez, é claro), saber fugir da marcação, entre outras coisas. Mas ele vai precisar de apoio técnico, que só o Somália não vai conseguir dar, de um meia de articulação ou um meia-atacante. Mas ainda é cedo para qualificar os detonar com o novo Grêmio. É preciso dar mais tempo a De León e Mário Sérgio, pois a Segundona só começa em abril. Até lá é pré-temporada.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

SIC TRANSIT GLORIA MUNDI

Segunda passada lá estava eu, esta massa amorfa antediluviana, impolutamente distraído, numa destas terríveis crises de tédio de Verão porto-alegrense, como sempre. Em plena crise, eis que recebo um telefonema noturno. Pergunto para a telefonista quem é. Meio atrapalhada, ela responde: é do Estado do Vaticano. Opa! Será que é ele? Pois não é que era mesmo? Era o meu velho amigo Karol Vojtila, Papa João Paulo II para os íntimos. "O Papa, a uma hora destas? O que deve ser desta vez?", indaguei. Pego o fone. Me cumprimentou com voz sumida. De súbito, lascou:
— Meu caro Marcelo, tu achas que devo renunciar? — pergunta.
Eis que aí está. Para quem não conhece o Sumo Pontífice em seus meandros, uma das suas grandes marcas registradas está em fazer para mim estas típicas perguntas diretas e secas para interlocutores incautos. Ao invés de ir "de vereda", como se diz lá na Campanha Gaúcha e debater, ele perguntava, agudo como um florete.
— Meu caro Papa, na verdade, na verdade vos digo que não estou em condições de responder. — respondi. — Aliás, não sei sequer o que se passa comigo ultimamente! Você sabe como são as coisas. Ser cristão hoje em dia não é fácil! É muita promessa para santo, muita conta para pagar. Não há joelho que resista! A gente deve até para santo!
Ficou surpreso:
— Mas como? — retrucou. — Então tu achas que não devo renunciar?
(Um parêntese: eu insisti que me faltavam elementos para para deliberar sobre o meu próprio destino, imagine o dele!)
Com a voz embargada (devido naturalmente à idade provecta e aos remédios), e falando no seu conhecido Português "papal", o Papa disse:
— Então tu és a favor da minha saída? — teimou.
— Não, não, não, quatro vezes não, não é isso — expliquei — Olha, acho que o senhor não está entendendo a minha condição de católico e, por conta disso, acho que devemos parar por aqui, meu caro Papa.
E desligou.
Minutos depois, outra ligação, mas a mesma telefonista: era o Papa. De novo.
— Alô, Marcelo — disse o Papa, mais animado. — Tu achas que devo revelar o terceiro mistério do Fátima?
Desta vez, fiquei admirado. O quê?
— Mas Papa — retruquei, muito preocupado — Mas senhor já revelou!
— Revelei? Achei que não tinha revelado ainda o mistério de Lourdes!
— Fatima!
— É mesmo! — riu ele. É que eu tinha me esquecido.
— Poxa, já faz uns bons quatro anos. Pô, a Irmã Lúcia também se foi, não é? Que pena, não?
— Que coisa não é, é a vida. — emendou, também meio consternado. — Mas bom, Marcelo, (falava com a voz calma, mas titubeante) Então eu acho que eu não vou renunciar. As pessoas precisam cada vez mais e sempre de mim, mas eu estou cada vez mais fraco. A minha fé é a única corda que me enlaça à este mundo tão complicado. Depois de quase três décadas de Pontificado, parece que nada mudou, tudo está cada vez pior. Meu coração está triste até a morte. Mas devo resistir! Força sempre!
— Meu caro João Paulo, você é o líder. — respondi. — Portanto, decida. — Mas o que for fazer ou quiser fazer, faça por você mesmo, homem. Mas conte sempre conosco, os seus fiéis, em qualquer circunstância, para viver ou morrer. Estamos aí! Contudo, não sou eu quem deve dizer estas coisas, se deve ficar ou não. It ain't me, babe.
E tentei ajuntar:
— Cada um tem a sua pedra para carregar. É como como aquele versículo: "Pai, se queres, passa de mim este cálice, todavia, não se faça a minha vontade, senão a sua", etc.
— Sua?
— Minha não, sua!
— Minha?
— A nossa, né, Papa! De todo mundo!
— OK! — riu o Papa, mais aliviado.
— Meu caro Papa, nós estamos torcendo pelo senhor. Desculpe o mal jeito, que eu não sei nunca o que dizer nesses momentos. Mas o que importa é a ajuda dos seus fiéis perante Deus para dar continuidade à missão que Cristo confiou ao senhor...
— Muito bonito, Marcelo. — retrucou João Paulo. — Onde você leu isso? Na Bíblia?
— Não, foi o senhor quem disse isso! — respondi. — Tá no Correio de domingo.
— Ah.
Depois de um curto silêncio, antes de se despedir e desligar, disse:
— Então, reze por mim, meu filho. Tô precisando!
Mais refeito, contudo, não resistiu:
— OK. Bom, mudando de assunto, como vão os "Galáticos gaudérios"?
— Pô, Papa, até o senhor? Vão mal, Papa. Muito mal. Não ganham de ninguém. Rezai por nós e eles, também. Mas, afinal de contas, é preciso perdoar. Eles não sabem o que fazem.

Este texto foi escrito por Marcelo Xavier

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terça-feira, fevereiro 15, 2005

Os desenhos do Peli

Tentei de todas as maneiras que o Pelliccioli me mandasse o endereço do blog ou do site dele e ele largou tudo para vender sofás com o pai dele. Mas deixou uns rabiscos aqui. Os comentários deixo para vocês porque eu sou amigo desse colorado. Valeu Peli!

Chamas da Vingança

Denzel Washington geralmente agrada, me lembro de ter visto apenas um filme muito ruim com ele, mas não lembro o nome do filme. Em Chamas da Vingança, de Tony Scott, Denzel é um ex-agente do governo que se aposentou e perdeu o prazer de viver. Deprimido, Creasy, o nome do seu personagem, vai reencontrar um velho amigo, Rayburn (o sempre bom Christopher Walken), que mora no México, terra de constantes sequestros. Um rico comerciante mexicano, Samuel (Marc Anthony), enfrenta problemas para arranjar um guarda-costas confiáel para sua filha Pita (um excelente trabalho de Dakota Fanning). Seu advogado particular Jordan (Mickey Rourke) aconselha a contratar um guarda-costas rapidamente porque o seguro de 10 milhões de dólares só será renovado se houver um protetor para a família. Aí que entra Creasy, que enfrenta problemas com a bebida, o que lhe tira os reflexos, mas Samuel não se importa com isso. Somente pede para que Creasy não beba em frente da sua esposa Lisa (Radha Mitchell) ou de sua filha. Pita logo se envolve com Creasy, mas este nega a aproximação com medo de gostar da menina. Contar mais do que isso é relatar o filme, mas daqui dá para notar o que pode acontecer. O interessante é que tem dois artistas brasileiros neste filme: Gero Camilo, que faz o papel de Aurélio Sanchez, um contrabandista e sequestrador, sem dizer uma palavra em espanhol, só geme de dor, e Charles Paraventi, um outro sequestrador de nome Memphis Boy, mas que dialoga com Creasy em inglês. Tony Scott, que também dirigiu Enimigo de Estado, O Último Boy Scout, Dias de Trovão e Top Gun, acerta a mão no ritmo e suspense. Acredito que quem ver o filme em casa não vai se arrepender. Nota 8

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

O trânsito nosso de cada dia

Andar nas ruas de Porto Alegre quando as pessoas retornam das férias é horrível. Pior fica quando começarem as aulas, tanto colegiais quanto universitárias. A gente vê tanto desrespeito que se pega errando igual. Avançar sobre as faixas de trânsito, obrigando o pedestre a desviar dos veículos, é coisa de Terceiro Mundo, mas dos males o menor. Atravessar o sinal vermelho para aproveitar o fluxo é o que mais ocorre. Dar passagem para carros que vêm de garagem, ruas de acesso ou de carros que estão estacionados à beira das calçadas não se vê. Dá vontade de parar o carro e dar um peteleco na orelha de cada um. E depois tem gente reclamando que na hora de renovar a carteira vai ter que fazer um programa de readaptação à nova lei de trânsito. E quando se abre o jornal daos de cara com quase 20 mortes num fim de semana comum nas estradas gaúchas. E tem um caso de um acidente entre um corsa e um golf, na Estrada do Mar, que ocasionou três mortes, todas no Corsa. Mas o motorista do golf, que sobreviveu e está num hospital de Porto Alegre, era um jovem de 18 anos que não tinha habilitação. Ele já está condenado pela maioria, que abre a página do jornal e lê a matéria. Mas quem disse que ele é culpado? Será que o outro motorista não estava embriagado? São dados que não constam na reportagem. Dirigir é ter uma arma nas mãos. Se a pessoa não estiver preparada corre riscos, tanto de matar quanto de ser morta. E seguimos com os altos números de uma estatística que não queremos. Se morre mais no trânsito brasileiro que na Guerra do Iraque. Como diria o Bóris: "Isto é uma vergonha"!

domingo, fevereiro 13, 2005

Variação sobre o mesmo tema

O último texto tratava do início do ano e disse que faltavam dados e que iria completá-los depois. Como tinha o livro em casa resolvi copiar. A obra é “A Aventura das Línguas — Uma viagem através da História dos idiomas do mundo”, de Hans Joachim Störig, da Editora Melhoramentos. Nas páginas 92, 93 e 94 o livro traz: “O calendário faz parte da herança cultural geral e ao mesmo tempo da herança lingüística. Neste caso, nome e coisa se interpenetram, e por esse motivo dedicarei algumas frases a esse tema.
Nosso calendário deriva em suas linhas básicas dos romanos. Já o nome prova isto: Kalendae era o nome do primeiro dia de cada mês. A palavra vem de calare, ‘chamar, anunciar’. Por que se escrevia com k (e não com c) e por que está no plural, não se sabe. Determinava-se no primeiro dia de cada mês em que dia caía a metade do mesmo mês, ou seja, idus (palavra no plural de origem desconhecida, não-latina, provavelmente etrusca), ou, mais exatamente, em que dia caíam os nonae, o 9º dia antes dos ides. Que complicação! Na verdade, os romanos contávamos dias de trás para diante: falavam do ‘décimo sexto dia antes das calendas de agosto’, ou ‘do terceiro dia antes do ides de março’. A expressão idiomática etwas ad ‘kalendas graecas’ aufchieben (adiar algo até as calendas gregas) é usada até hoje.
Os nomes dos meses em alemão também permanecem latinos. As tentativas de germanizá-los, que começaram já com Carlos Magno, tiveram tão pouco êxito quanto a tentativa de impor os meses denominados pela Revolução Francesa (por exemplo, Brumário). Por que, porém, o nono mês do ano se chama Setember (setembro), o ‘sétimo’, o décimo mês Oktober (outubro), o ‘oitavo’, e assim por diante? Originalmente, o ano romano começava no dia 1º de março. Nesse dia eram empossados os novos cônsules eleitos. No ano 154 a. C. (naturalmente os romanos contavam os anos de maneira diferente, freqüentemente ad urbe condita, ou seja, ‘ a partir da fundação da cidade’, que a lenda diz ter sido no ano de 753 a. C.) ocorreu na província de Hispania um levante contra os romanos, e isto em dezembro. O Senado achou oportuno empossar logo os dois novos cônsules encarregados da repressão da revolta, que deveriam iniciar suas atividades no início do ano, ou seja, no dia 1º de março. Para que isso acontecesse mais rapidamente, decidiram que o ano (154 a. C.) deveria ter apenas dez meses. Desde então o Ano Novo é festejado no 1º de janeiro. É claro que demorou bastante até que o sistema fosse adotado em toda parte. O mês de setembro era, originariamente, procedido do Quintilis e do Sextilis (isto é, do quinto e do sexto mês); o primeiro foi denominado Julius, em honra a César, e o segundo recebeu maistarde o nome de Augustus, em honra ao imperador Augusto.
Até César, o ano romano tinha doze meses de 29 ou 31 dias (apenas fevereiro tinha 28) ao todo 355 dias — já que ele se orientava pela Lua — e cerca de dez dias e um quarto a menos que o verdadeiro ano solar. Por este motivo era necessário acrescentar a cada dois anos um mês de ligação de 22 ou 23 dias. A reforma, que César executou com o auxílio do matemático Alexandrino Sosígenes, deu aos meses sua duração atual — o que era dez dias a mais por ano. O quarto de dia remasnescente foi equiparado com o acréscimo de um dia a mais a cada quatro anos. Este ‘calendário juliano’ começou a ser utilizado depois que César, no ano 46 a. C., introduziu noventas dias intercalados. Essa foi uma decisão tão acertada, que o papa Gregório XIII precisou corrigi-lo apenas de uma forma mínima no ano de 1582, suprimindo dez dias para restabelecer a concordância com os dados astronômicos com os dados astronômicos: a cada quatro anos a mais, a exclusão do mesmo na virada do século, mas após quatrocentos anos um dia a mais, também assim, portanto, no ano 2000.
A semana de sete dias não é de origem romana, remontando provavelmente ao judaísmo, que comemora o sétimo dia como sabbath. Os nomes alemães dos dias da semana são traduções dos nomes correspondentes em latim tardio: Montag = dies lunaris, Dienstag = dies Martis (‘do deus da guerra, Marte’), Donnerstag = dies Iovis (‘de Júpiter’, substituído por Donar), Freitag = dies Veneris (‘de Vênus’, substituído por Freya). Criações puramente alemãs são Mittwoch (dies Mercurii) e Sonntag (dies dominicus, ‘Dia do Senhor’), respectivamente quarta-feira e domingo.
A semana de sete dias foi introduzida definitivamente por Constantino, o Grande; ela começava com o domingo. Na Alemanha, a semana passou a iniciar-se na segunda-feira apenas a partir de 1976, por força de uma norma DIN que começou a vigorar então”.
Como o autor é alemão dá para notar que há muitas expressões no idioma germânico. O livro tem outra coisas interessantes, como expressões latinas que se tornaram comuns no mundo todo. Talvez outro dia eu as reproduza. Este texto reproduzido aqui serviu para provar que professor também tem informações incorretas. Levei o livro para Roberto Pimentel, professor de português da Famecos, também conhecido com Tatata, para mostrar essa versão, diferente daquela que ele reproduziu na aula.

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

O ano-novo chinês

Outro dia li que o ano-novo chinês começou. Assim, em meio de fevereiro, quase coincidindo com o fim do carnaval. Essa coincidência é que me chamou a atenção. Todos sabem que o ano no Brasil só começa depois dessa que é a maior festa popular das Américas. O povo chinês não curte o carnaval mas fez o ano começar nessa mesma época. Paree que o ano muçulmano ou judeu também se inicia por esse período. Isso me faz lembrar que temos um calendário adaptado por causa do interesse romano. O primeiro dia do ano, durante muitos séculos, foi o 1º de março, mês que homenageava o deus romano da guerra, deus Marte. Por isso que setembro, outubro, novembro e dezembro tem os nomes que tem, pois eram o sétimo, oitavo, nono e décimo mês do ano. E janeiro e fevereiro fechavam o ano, sendo o último o menor dos meses com apenas 29 dias. Por causa de uma revolução na Península Ibérica, que Roma não conseguia dar solução, cujos representantes romanos tinham sido expulso pelo bárbaros espanhóis. Como a posse só ocorria em março, Roma ia precisar esperar mais de dois meses para solucionar o problema. O imperador da época, que agora eu não lembro mas vou pesquisar e depois consertar a informação, resolveu mudar o calendário alterando os meses do ano. Desde então 1º de janeiro passou a ser o primeiro dia do ano. Depois eles mudaram o mês sexto para agosto, a fim de homenagear Augusto, um dos maiores imperadores romanos. Logo após, o mês quinto mudou e passou a chamar-se julho em homenagem a Júlio César, outro grande imperador. Para não ficar com apenas 30 dias e ser menor que agosto, os romanos resolveram retirar um dia de fevereiro, que passou a ter 28 dias. Mas já naquele tempo havia o ano bissexto e fevereiro ganhava o dia extra a cada quatro anos. Resultado: fevereiro é um mês esculhambado há muito tempo, passa rápido e parece que encerra o ano.

terça-feira, fevereiro 08, 2005

Atlântida Sul, a praia em que descanso

Para muitos o carnaval é um fim de semana de comemorações, festas e alegrias. Para mim, o carnaval é uma data para ficar em família descansando e curtindo os parentes. Quase todos os anos, o meu rumo neste período é o litoral gaúcho, em Atlântida Sul, onde meu pai tem uma casa e a minha mãe outra. A prainha é meu refúgio há mais de 20 anos, local de muitos amigos, de grande memória afetiva e de muitas histórias. Poderia contar várias dessas passagens, muitas delas engraçadas e insólitas, algumas normais e outras inesquecíveis. Mas acredito que a principal delas é que foi em Atlântida Sul que firmei namoro com uma guria que conheci em Porto Alegre e achei que seria apenas um casinho de final de ano. Foi o verão de 1986 que transformou um beijo em uma longa paixão, tão duradoura que até hoje resiste. Se não pude viver todos esses 19 anos com a Patrícia, os últimos três valeram pelos 12 anos que fiquei nutrindo a esperança de retornar aos seus braços encantados. Vivo uma outra paixão, mais forte, mais intensa e mais responsável com ela agora. E tenho em Atlântida Sul um fim de semana que sempre esperei curtir com ela, com a Luana — sua filha —, com meus irmãos, cunhados e sobrinhas.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Achando pessoas

Essa coisa de blog é um vício. Primeiro porque a gente quer estar sempre escrevendo um coisa nova. Depois porque quer saber se tem alguém lendo e deixando mensagens. A outra é que não estar satisfeito em ver o seu próprio blog e sair a procura de outros. Acabei achando blogs de amigos os quais não falava há um tempão. E tem os fotologs, que dá para ver a imagem das pessoas. Foi uma bela descoberta para mim. E a medida que for encontrando pessoas legais como a Bia (http://www.oldfashionedword.blogger.com.br/) e a Luísa (http://www.farawaysoclose.blogger.com.br) vou colocando como link.

quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Um filme com cavalos

Particularmente eu não gosto de filmes que tenham cavalos. Mas reconheço que Sea Biscuit foi um filme interessante, principalmente pelos extras que o DVD traz. Vi Mar de Fogo, que também é um filme de cavalos. Ele não chega a ser um filme fascinante, nem imperdível, porém é certo que quem gosta do animal vai apreciar o filme. É a história de um cavaleiro e seu mustang que vão participar de uma corrida impossível contra dois puros-sangue árabes na travessia do deserto do Oriente Médio. O making off do filme é curto e não mostra muita coisa interessante, mas o filme se baseia numa história real, o que dá mais veracidade à película. Nota 6.

Um cara preso num aeroporto

Terminal, de Steve Spielberg, se passa no aeroporto JFK, em Nova Iorque. Tom Hanks faz um personagem que veio de um país do leste europeu que sofreu um golpe de estado quando o personagem está em pleno vôo. Quando chega nos EUA o personagem não pode entrar no país porque o seu passaporte perdeu a validade. E também não pode retornar ao seu país porque os vôos foram interrompidos. Uma situação insólita. O personagem de Hanks fica morando no aeroporto durante nove meses. Ele passa fome, arranja emprego, uma namorada e vários amigos. O filme poderia ser mais engraçado, não que o Tom Hanks seja um ator inapto para a comédia, muito antes pelo contrário, é um comediante nato. Mas para o personagem ser mais engraçado o ator teria que ser um Peter Sellers da vida. Aliás, o outro filme do Tom Hanks recém lançado em vídeo e DVD é O Matador de Velhinhas, que é a refilmagem de Quinteto de Morte, com Peter Sellers. Por melhor que seja, Tom Hanks não pode sequer amarrar o sapato do “Inspetor Clouseau”. Nota 7 para Terminal e 4 para Matador de Velhinhas.

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