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Eles são maus

Como a gente pode classificar um diretor de cinema? Como diferenciar o bom do ruim? E o ótimo diretor do extraordinário? Essas dúvidas passam pela cabeça de toda a pessoa que assiste a um filme, acha-o ótimo e sempre tem alguém que vê erros ou problemas no filme que a pessoa viu. Falar de Alfred Hitchcock é falar do pai dos filmes de suspense. E falar de Steven Spielberg é falar sobre filme de entretenimento. Um foi o melhor naquilo que sempre fez e o outro é um dos melhores naquilo que faz. O filme A Guerra dos Mundos, baseado numa novela de Hebert George Wells, tem todos os ingredientes de um filme chamado ‘Blockbuster’ (arrasa quarteirão) e é um ótimo filme de suspense. A qualidade se dá a cada segundo do filme, seja no efeito especial, seja na atuação dos atores.
Aliás, os atores é que levam o filme. Tom Cruise e Dakota Fanning (esta guria ainda vai ganhar um Oscar) estão ótimos. Tom Cruise é Ray Ferrier, um pai relapso que não se dá bem com os filhos, apesar de deixar claro que ainda gosta da mãe das crianças , Mary Ann Ferrier (Miranda Otto). Raquel (Dakota) e Robbie Ferrier (Justin Chatwin) são os filhos que não querem seguir as ordens do pai diante do perigo iminente. O filme é todo focado em cima dos três e de suas venturas. É um filme família, talvez até demais.
Steve Spielbeg fez de A Guerra dos Mundos um filme claustrofóbico, um dos problemas da pequena Raquel, que se desenvolve quase que nos porões das casas americanas. Se diria em inglês que é um underground movie, bastante parecido com as dimensões de Inteligência Artificial. O filme tira o fôlego de quem assiste, como se estivesse participando desesperadamente da fuga dos ets ensandecidos, os Tripods. É como se o espectador assistisse a uma luta de boxe, que precisasse buscar a respiração o tempo todo. E estar preparado para alguma surpresa logo após. Mas desde o início há indícios de como a trama se resolve, sem estragar o desenvolvimento.
Isso é outra característica presente nos filmes de Spielberg. Ele nos deu Tubarão e O Encurralado, filmes que tiveram o suspense como ingrediente principal. A Guerra dos Mundos é um suspense que tem um tema de ficção científica. Os alienígenas não aparecem muito e quando aparecem não parecem ser tão malignos como Alien, por exemplo. Eles só fazem o seu papel de conquistadores, tal como os espanhóis na América Latina e os ingleses na África, Austrália e na América do Norte. Como o próprio diretor disse: “Este não é um filme de Ets bonzinhos, eles são maus”. Até Hitchcock aprovaria A Guerra dos Mundos.

Futebol é uma coisa engraçada. Jurei que o Grêmio iria perder para o Santo André no último sábado e que o Mano Menezes cairia. não estava secando o meu time, mas pensei que depois de tantos erros não haveria mais saída para o nosso treinador. Acabou sendo um jogo aguerrido (eu não vi, estou comentando em cima do que ouvi), feio e de superação. O gol foi uma das poucas oportunidades surgidas e, ainda assim, contando com um desvio. O que falta agora é que o Grêmio consiga emendar umas três vitórias seguidas para dar mais confiança aos jogadores.

Seleção Brasileira
O time do Parreira ainda não deslanchou. Ele faz o óbvio, o que às vezes é bom, mas não sabe arriscar e garantir resultado quando isso se faz necessário. Perdemos para a Argentina em Buenos Aires porque ele achou que tínhamos a melhor seleção do mundo. Até podemos ter, mas não podemos jogar alegrinhos contra Los Hermanos. Tem que jogar fechado e dar botinaço quando é preciso. Agora, na Copa das Confederações, o time ainda mostra seu biorritmo irregular. Amanhã tem a revanche contra os platinos e temos que passar por cima. Hoje os piás da Sub-20 perderam nos descontos. Isso não pode acontecer amanhã.

O Morcegão está perfeito

Quem é fã das histórias em quadrinhos, não importando qual herói mais gosta, sempre reclamou que as transposições para as telas sempre deixaram algo importante para trás. Até mesmo filmes consagrados como Superman, X-Men, Homem-Aranha e Hulk deixaram fãs incomodados. As quatro versões anteriores de Batman foram assim. Do primeiro, implicaram com Michael Keaton, depois com os roteiros que deixavam o Batman sempre inferior aos vilões. Reclamaram também da entrada de um Robin que não era uma criança ou um adolescente. E, por último, do Batman de George Clooney, que era muito parecido com o Batman de Adam West.
Mas Batman Begins tem grandes semelhanças com as histórias em quadrinhos, principalmente com Ano Um, história de Frank Miller, a partir da qual foi roteirizado. A hq relata o primeiro ano de atividade do morcegão, o início da sua amizade com Gordon, até certo ponto, do surgimento de Hervey Dent, o promotor que depois vira o Duas-Caras, da prostituta Selina, a futura Mulher-Gato, e como foi o período de aprendizado, entre Europa e Ásia.
O filme de Christopher Nolan traz muitos desses elementos. Ele relata a formação do Batman, onde que Bruce Wayne foi buscar o conhecimento, o aprimoramento técnico e físico. Apenas não mostra como ele se tornou o maior detetive de todos os tempos, mas isso também não tinha na história de Miller. Nem como ele conheceu Ra's Al Ghul.
Mas tem outras coisas como o artefato para chamar os morcegos, seu relacionamento com Alfred, e, principalmente, Gothan City. A cidade é um misto de Nova Iorque e seus arranha-céus, Chicago e sua claustrofobia e a Los Angeles de Blade Runner, que dá para se notar que serviu como inspiração.
Christian Bale, que começou no cinema fazendo o garotinho de Império do Sol, soube dar a cara que o Morcegão sempre teve, a do cara ambíguo, o irmão gêmeo do Coringa. Como esse é o primeiro filme da nova série, tanto o Batman quanto Bruce Wayne deverão evoluir nos próximos filmes. E esperar para saber quem será o palhaço assassino.

A Fórmula 1 ficou, sem dúvida, muito mais atrativa que nas últimas temporadas. Podemos ver ultrapassagens, disputas acirradas e muita quebra no fim de cada corrida devido ao deterioramento dos pneus. A prova em que o Kimi Haikonen perdeu com a quebra da suspensão direita dianteira foi espetacular. A prova de ontem, em Montreal, foi igualmente emocionante. A quebra das duas Renault, as boas corridas de Rubinho Barrichello e de Massa, as ultrapassagens, as rodadas. foi tudo muito bacana. Mas a sorte de Schumacher é algo acima do normal, o cara de repente era o segundo colocado. Até desclassificação do Montoya teve para ele se dar bem. Tem que se tirar o chapéupara o alemão.

O Parreira errou feio contra os argentinos. Deveria ter sido mais cauteloso e colocado mais um volante e ter deixado robinho na reserva. Nada contra o Robinho, mas era sabido que a Argentina iria jogar com uma marcação forte. Porém Parreira fez aquilo que 90% do povo brasileiro queria, um time ofensivo para meter 4 a 0 neles. Se o treinador brasileiro fosse o Celso Roth, por exemplo, o time jamais teria jogado tão faceirinho. A Argentina estava jogando como o Felipão fazia a própria Seleção Brasileira jogar há 4 anos atrás. Faltou humildade para o Parreira e malandragem para os jogadores. Só não perdôo o Cafu, que é o mais experiente de todos, pois falhou como sempre, pela desatenção. No primeiro gol ficou olhando o Crespo em vez de sair e deixá-lo impedido. Uma lástima. O outro que merece um puxão de orelhas é o Dida, que só fica embaixo dos paus e nem pular para sair na foto é capaz. Talvez seja a oportunidade para o Rogério Ceni. o Marcos é ex-jogador, na minha opinião.

Parece que agora o Odono resolveu dar um jeito no time do Grêmio. Conseguiu contratar um meia de qualidade, apesar do Marcelo ser meio dorminhoco, um atacante que pintou bem, o Osmar, e está atrás de Marcel, Márcio Mexerica e um zagueiro desconhecido que vem do interior. Bom, estava na hora de o Grêmio mostrar que quer ir para a primeira divisão. Primeiro foi o Mário Sérgio que disse, no início do ano, que não era time para disputar a segundona, era só para participar do Campeonato Gaúcho e que o próximo título só daqui a dez anos. Depois foio Mano que disse que o Tricolor não iria ficar nem entre os oito que se classificam para a segunda fase da Segundona. E víamos um timezinho, bem ruinzinho, deixar de ganhar partidas ganhas, como o que ocorreu contra o Náutico e o Caxias. CHEGA!!! O time tem que começar a vencer em casa e fora de casa. A história do Grêmio não pode permitir sequer opiniões desse tipo. Não que eu seja contra o Mário Sérgio ou contra o Mano Menezes, mas se eu sou presidente demito os dois depois de uma declaração dessas. Se o time ainda não está como deveria a culpa são deles e também do presidente. Bom, espero que agora as coisas se arrumem. Vamos esperar para ver.

Enfim vi uma apresentação da Seleção Brasileira que encheu os olhos. A vitória de 4 a 1 sobre o Paraguai mostrou porque temos o melhor futebol do mundo. E até foi barato! Tivesse o Brasil jogado com mais seriedade a partida seria uns 8 a 1. Ronaldinho às vezes dá nos nervos. O melhor do mundo quer sempre dar um toquinho a mais e acaba perdendo a bola, mas quando acerta faz coisas que até Deus duvida. Pelé era genial como Ronaldinho, eficiente como Ronaldo e com o fôlego e disposição do Kaká. Por isso ele era melhor. Mas o garoto da família Assis esbanja qualidade. Ele é capaz de entortar cinco adversários jogando em cima de um metro quadrado, tal é a capacidade de prender a bola. Ele chega a enganar os próprios companheiros com seus passes porque eles não esperam receber a bola passada com o pé trocado, quando ele está olhando para o outro lado ou quando ele simplesmente "esquece" de tocar a "chica". Na quarta tem amistoso contra a Argentina, foi o Parreira quem disse, porém duvido que los hermanos pensem assim. Eles vão entrar rachando desde o início e vão acabar dando os espaços lá atrás para que Robinho, Kaká, Ronaldinho e Adriano deitem e role. Destaco ainda as participações de Lúcio (que foi estúpido ao ser expulso), Émerson (sempre eficiente), Zé Roberto (muito mais que um volante) e Robinho (que mostrou que está pronto para ser o camisa 12 do Brasil). Vamos aguaradar a quarta-feira no Monumental de Nuñes.

Quem com mais de 30 anos não viu quando criança uma série de fantoches animada chamada Thunderbirds, Resgate Internacional? Era uma série muito divertida, que tinha aeronaves inimagináveis, um carro de seis rodas e uma ilha paradisíaca muito equipada. Pois neste fim de semana vi uma refilmagem com pessoas de verdade no lugar dos bonecos. Muito bem feitinho, bastante juvenil o filme e com a direção do Jonathan Frakes, o Número Um da Nova Geração de Star Trek. Se você tem uma criança de até 13 anos vale a pena pegar a fita e assistir em família.

Acordei determinado a escrever no blog depois de um tempo de sumiço. Na verdade o meu desaparecimento do blog se deveu a minha ida a São Paulo e a Chapecó, na sequência, além do fato de ter levado para o serviço o meu computador. Logo, deixei de fazer o dever de casa que era exatamente escrever aqui. Mas tive um pequeno percalço na manhã de hoje: a Patrícia amanheceu com dor na bexiga e no rim esquerdo. Logo no dia do aniversário dela. Levei apressadamente ao Hospital Mãe de Deus e ainda estou aguardando notícias dela. Assim que tiver novidades volto a escrever aqui. Depois, talvez amanhã, vou tentar dar uma analisada nas coisas que deixer passar, como o time do Grêmio, a Fórmula 1 e a Seleção Brasileira, que joga no domingo aqui em Porto Alegre.