segunda-feira, setembro 26, 2005

O melhor filme de romance do ano


Quando retirei "O clã das adagas voadoras" na locadora imaginei que veria uma aventura chinesa com cenas de lutas (kung fu), malabarismo e muitos efeitos especiais, como são os novos filmes chineses. Aliás, a atual safra de filmes chineses é inovadora, experimental, moderna (mesmo se retrata uma história do século IX), num flerte sem fim com Holywood sem deixar de ser essencialmente chinesa. Sou um fã ardoroso dos filmes de ação feitos em Hong Kong, de onde surgiu os espetaculares Jet Li e Jackie Chan. Por causa disso já vi muita porcaria, mas mesmo os filmes ruins são extremamente chineses. Os filmes de kung fu produzidos por Holywood jamais conseguiram ser originais e bem coreografados como os do país de Bruce Lee.
Zhang Yimou,o diretor de "O clã das adagas voadoras" também dirigiu "Herói", com Jet Li. Os dois filmes são obras-primas, mereciam Oscar de melhor filme estrangeiro. O "clã" é um filme de amor impossível, quase um Romeu e Julieta. "Herói", "O clã das adagas voadoras" e "Kung-Fusão" é a trilogia dos filmes chineses: um filme de ação, um romance e uma comédia. Eles usam o kung fu, arte marcial coreana (se não me engano) que virou identidade chinesa, como delineador das tramas. Qualquer um dos três merece uma apreciação, uma degustação demorada.
Sinopse: "No ano de 859 a China passa por terríveis conflitos. A dinastia Tang, antes próspera, está decadente. Corrupto, o governo é incapaz de lutar contra os grupos rebeldes que se insurgem. O mais poderoso e prestigiado deles é o Clã dos Punhais Voadores. Leo (Andy Lau) e Jin (Takeshi Kaneshiro), dois soldados do exército oficial, recebem a missão de capturar o misterioso líder dos Punhais Voadores e para tanto elaboram um plano: Jin se disfarça como um combatente solitário, ganha a confiança da bela revolucionária cega Mei (Zhang Ziyi) e, assim, infiltra-se no grupo. Mas a dupla não contava com a paixão que Mei despertaria nos dois".

quinta-feira, setembro 22, 2005

Dois filmes de Oscar

No último feriado assisti a dois filmes entre o domingo e o feriado farroupilha. O primeiro foi "A menina de ouro", de Clint Eastwood. É um filme no padrão do Clint, pesado, denso, lento, que retrata a dificuldade da Maggie (Hilary Swank) em tornar-se uma boxeadora contra a vontade do treinador Frankie (Eastwood). Mas chorei feito menino que perde o brinquedo novo. É muito triste, não estava preparado para tamanha tristeza. Esperava ver um Rocky de saias e o filme não bem assim. Sei que a maioria dos meus leitores, que são uns quatro ou cinco, já viu o filme ainda no cinema. Para quem não viu a ordem é pegá-lo o mais rápido possível, sem esquecer o lenço de papel.
Na terça resolvi ir à forra e peguei um filme mais alegre: "Em busca da Terra do Nunca". O filme com o Johnny Depp e Kate Winslet é um belo conto de fadas, mas não menos triste que "A menina de ouro". Resultado: mais um balde de lágrimas. O diretor, Marc Foster, pegou bem o sentido da história de Peter Pan para contar a história do homem, sir James Matthew Barrie (Depp), que a escreveu. Foster conseguiu realizar o filme que Spielberg tentou. Gancho (Hook), de 1991, com Robin Williams, Julia Roberts e Dustins Hoffmann era para ter essa magia que o filme de Foster tem. E os extras, uma das melhores coisas que o dvd nos permite ver, mostram um pouco da vida de Barrie, que doou os direitos da história para um hospital de Londres que se dedicava a cuidar de crianças. Este hospital é um dos mais modernos da Inglaterra e atende crianças de qualquer parte do mundo, graças aos direitos autoriais da história da criança que não queria crescer.

terça-feira, setembro 20, 2005

Um homem e uma prostituta

Ele caminhava à noite, por entre ruas e becos, em busca da paz desejada. Bebe com bêbados de botecos, ali na Bento Martins, conversa com porteiros e volta para o hotel, um hotel barato lá no fim da Rua da Praia. No caminho cruza com uma prostituta, que lhe sugere um programa por R$ 30,00. Ele topa. Convida-a para ir até o seu quarto.
— Como é o seu nome?
— Maria. Maria das Graças.
Ele tirou o chapéu e o casaco e sentou na cama. Ela já ia tirando a roupa e ele mandou-a parar.
— Não, Graça! Não tira a roupa, não.
— Ah! Já sei, você qué tirá a minha ropa prá dá mais tesão, né?
— Não é isso. Eu te quero vestida e deitada na cama. É só para ficar olhando e fazendo carinho em ti.
— Ué, nós não vamos transar, então?
— Não.
— E você vai me pagá mesmo assim?
— Vou.
— Então tá! Já tô deitando.
Ela deitou, depois de tirar os sapatos, e fitou aquele homem. Um moço ainda, pensou ela, não deve ter mais de 30 anos. A barba por fazer, um resto de cabelo a tapar a careca que começara a dominar-lhe a cabeça. Ele não era muito alto nem muito gordo, só estava "atirado". Então ele começou a fazer carícias nela. Pegou na mão, sentia a maciez da pele feminina, já não se lembrava da última vez em que tocara em uma mulher.
— Por que você tá chorando?
— Não é nada. Só lembranças — já enxugando as lágrimas com as costas da mão direita.
— É lembrança de alguém que você amava?
— Amo. Ela era minha namorada e me largou para casar com um cara muito rico. Já faz mais de 10 anos e eu ainda não me livrei desse amor idiota.
— Ai, não fala assim! Nenhum amor é idiota. Ela não era digna de ti. Desencana, passa para outra, você é um cara legal, é bonito, e é muito carinhoso. Não te martiriza!
— Ei! Você não tá mais falando daquele jeito todo errado! Por quê?
— É que eu sou ssim de noite. E como uma criatura da noite, eu tenho de parecer e agir como tal. De dia eu estudo, faço Comunicação na UFRGS. Esse era o único jeito de eu ganhar dinheiro, pagar aluguel, comprar livros e cuidar do meu bebê.
— Você tem um filho?
— É um menino, o Roger, tem dois anos. Minha mãe cuida dele de noite. Ela acha que eu sou garçonete. O pai dele eu conheci logo que cheguei aqui, numa festa lá em Ipanema. Ele tinha um fusca todo incrementado e me levou pro Morro do Osso. A gente fumou um baseado e tomou uns goles de uísque. Daí a gente transou, ele me largou em casa e nunca mais vi o cara.
— É, às vezes a gente acha que nós é que temos problemas. Só a gente que não é amado.
Ele se levanta, pega dois copos e tira de dentro do armário uma garrafa de vodca. Serve metade do copo para cada um.
— Vamos fazer um brinde? — sugeriu ela.
— Vamos. Um brinde ao amor: "Que seja infinito enquanto dure".
— Vinícius de Moraes.
— É — disse ele, balançando a cabeça.
Tomam num gole só. Ele paga a noite dela. Ela guarda o dinheiro e bota o sapato. E já vai saindo, porque tem muito para faturar ainda, quando, já na porta, pergunta:
— Vem cá, qual é o nome dela?
— Graça. Graça Maria.


Resolvi recuperar este texto porque não o tinha mais. Perdi muitos textos quando tive que formatar o computador. Sei que deveria ter cópias de segurança, mas não as tinha. Torno, assim, esta uma cópia de segurança on line.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Churrasco, bom chimarrão...

Tive um fim de semana fantástico quando fizemos a reunião dos velhos colegas de Famecos. Foi muito legal ver os contemporâneos de outrora com seus maridos, esposas e filhos confraternizando a amizade na residência da Camila. O churras até não foi dos melhores que já fiz porque foi muito demorado. A desculpa do cozinheiro era o fato de desconhecer a churrasqueira, afinal fazia mais de 10 anos desde a última festa na casa dos Testas. Mas todos se divertiram e as fotos, no site do Er, mostram essa realidade. Estavam lá o Bifi, o Marcelo Xavier, o Rafael Copetti, o Israel, a Isabel com o marido Chico e as duas meninas, a Rosângela e o namor, o Er "Meu Uc" Galvão e a Adri, o Marcelo Barbosa e a Lizi com o pequeno Dudu, a Camila e família, Eu e a Luana. Teve até uma pequena disputa de bilhar em que nquase consegui vencer, mas a parceria não ajudou muito, né Barbosinha? Devemos realizar outra nos próximos dias, já que o Brasil, a Elaine, o Sirangelo, a Melissa e o pequeno Fernando e outros não compareceram. A grande ausência foi a Patrícia Lemos, que estava acertada para comparecer e não pôde no último instante.

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