segunda-feira, março 27, 2006

Realizando um sonho

Este ano vou conseguir realizar um sonho de criança, de jovem e de adulto. Vou me casar com o amor da minha vida. Está bem que já vivo com a Patrícia há quatro anos, mas quero me casar com ela desde que tinha 20 anos. As circunstâncias não permitiram que isso ocorresse antes, quando namoramos pela primeira vez. Provavelmente ela tem razão quando diz que se o casamento tivesse ocorrido naquela época ele não teria durado muito. Eu era muito pouco maduro, apesar de sempre achar que poderíamos ter vivido maravilhosamente bem. Mas acredito que tudo fez parte de plano superior. Deu tempo para que eu me definisse profissionalmente, mesmo que a minha profissão não pague bem e que o emprego em jornalismo seja uma cadeira-elétrica.
O casamento vai ocorrer em junho, no dia 10, na igreja São Francisco, onde comecei a minha vida religiosa consciente e pela qual nutro um grande apreço. Se alguém está lendo agora e está surpreso, saiba que ainda não começou a divulgação oficial. Por enquanto ainda estou a voltas com a organização e definições fundamentais. Recém decidimos que a festa será no Grêmio Náutico Gaúcho.
Sei que vou chorar muito. Ultimamente me tornei muito sentimental. Estou chorando até de propagandas na tevê. Outro dia, a Patrícia me perguntou sobre a nossa música. Eu disse que nunca tivemos uma música que fosse nossa, apesar de sempre ter dito que havia uma que me lembrava ela. E ela lembrava dessa música, o que me surpreendeu. E, ao começar a cantá-la, as lágrimas vieram sem que eu pudesse controlar. A Patrícia então perguntou se eu estava chorando, e categoricamente neguei. A Luana, que sempre controla os meus choros, também respondeu na lata: "Mas é claro que ele está chorando". Não pude evitar a gozação das duas.
A Luana foi o grande presente que recebi nessa relação. É uma guria maravilhosa, inteligente, carinhosa, principalmente com a mãe dela, e que nunca quer admitir que gosta de mim.
Quanto às músicas: a que me faz lembrar dela é uma do Eduardo Dusek, que chegou a ser tema de novela (Pão pão beijo beijo), chamada "Cabelos negros". E a que faz ela lembrar de mim é "Quase sem querer", do Legião Urbana. Certamente o tio Geraldo vai rir muito quando souber disso, pois ele passou a vida inteira me chamando de Semquerer, devido a minha desculpa imediata quando criança sempre que eu quebrava alguma coisa.
Tenho certeza que esta data ficará para sempre na minha memória, assim como na memória dela. Te amo, Patrícia, como sempre te amei.

Cabelos Negros
Eduardo Dusek

Eu quero seus cabelos negros
Nas minhas mãos
Eu quero esses olhinhos ciganos
Nos meus sonhos
Eu quero você minha vida inteira
Como doce mania
Fosse qualquer maneira
Eu queria você assim como é
Sem mentir, nem dizer
O que não quiser
Eu quero você criança
Caída no chão
Eu quero você brilhando
Brincando de mim
Pois eu quis você
Como o sol e as estrelas
Noites de lua
Nostalgia
E vou ter você
Mesmo só pra pensar
Nessas coisas de amar
Na alegria
Eu começo a descobrir
Que em meu coração
Tá nascendo um jardim
Pensando em plantar
Você dentro de mim
Pois preciso lhe ver
Várias vezes florescendo
Nas luas crescentes
Sentir seu perfume
Pra encontrar você

quinta-feira, março 02, 2006

A verdadeira Pantera Cor-de-Rosa

Na semana passada vi o novo "A pantera cor-de-rosa", com o fiasquento Steve Martin como o inspetor Clouseau. O filme só deve agradar as crianças, e olhe lá! Achei graça apenas em uma cena, em que ele tenta falar hamburger e não consegue. Indignado com a refilmagem, resolvi ver "Vida e morte de Peter Sellers", com Geoffrey Rush. O telefilme, uma produção da HBO, é excelente, merecia passar pelo circuito de cinema. O diretor Stephen Hopkins fez um filme soberbo, que une a realidade com o "pensamento" de Sellers (Rush), que interpreta as pessoas que interagem com ele. Vemos o homem por trás dos personagens, uma pessoa indecisa, volúvel, volátil, amplamente dominado pela mãe, apesar de extremamente talentoso. Do filme fica a impressão que Geoffrey Rush é o ator mais completo do mundo atualmente, pois ele faz rir e chorar com a mesma habilidade, sem que o espectador sinta qualquer tipo de exagero na sua interpretação. Esse é o cara.

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