segunda-feira, janeiro 30, 2006

Grêmio 2006

Desde que começou o ano não tratei de futebol aqui. Logo este ano que é de Copa do Mundo. Vamos começar pelo campeonato gaúcho. O Grêmio conseguiu manter uma certa base do time remanescente da conquista da Segunda Divisão, e, apesar de perder o Ânderson, conseguiu até qualificá-lo. Trouxe um zagueiro argentino, Maidana, que ainda não mostrou tudo, ou já mostrou e é pouco, tem o Tcheco, que deve melhorar lá por abril, quando se recuperar do fim da temporada passada, já que estava atuando na Arábia e não teve férias.
As boas novidades são Paulo Ramos e Pedro Júnior, os dois goianos que vieram o ano passado e tiveram seguidas lesões. O primeiro está titular e jogando bem, o segundo começa a brigar por um lugar no time e vai ter que começar a fazer gols para que a torcida não pegue no pé (e como a torcida gremista é impaciente). Lipatin, que é ruim, eu gosto, mas é outro que vai sofrer enquanto não fizer gols. Acho que todo time tem que ter um centroavante ruim, porém os treinadores e a torcida não pensam como eu. Ricardinho foi uma novela mas vai ficar. Tem um argentino, Herrera, que deve ser bom, só que ainda não estreou. O Mano tem sido inteligente, está dando chance a todos, inclusive de errar. O momento de fazer testes é agora, porque Gauchão é assim mesmo, é para formar o time. Depois, na Copa do Brasil não vai dar para ficar perdendo jogos com experiências. Acho que ainda falta ao time um grande jogador, que pode ser Rivaldo, mas isso só depois de maio. Lucas é o nome que a torcida vai ter na ponta da língua, o cara é diferenciado. Craque? Acho que não, mas tomara que eu esteja errado.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Munique não é tudo aquilo que eu esperava

Fui ver "Munique", de Steven Spielberg, numa cabine de imprensa nesta semana. O filme me decepcionou, não era aquilo que eu esperava. Não que seja um mau filme, é um ótimo entretenimento, como deve ser toda a produção cinematográfica de Hollywood. Acontece que eu esperava ver uma obra de arte, um manifesto crítico contra os atentados religiosos e políticos apartir daquele evento que abalou o mundo no verão europeu de 1972, em plena época de Guerra Fria. Na verdade, acho que esperava ver uma "Lista de Schindler", mas que atentasse para o lado oprimido dos palestinos, que sofreram com o poderio militar dos israelitas anos antes, quando da Guerra dos Seis Dias. A crítica está no site Cena de Cinema, do meu amigo Renato Martins. Também está lá a crítica de outros filmes que vi e que não coloquei aqui. Para concluir, não acredito que este filme vá brigar pelo Oscar, até "Guerra dos Mundos" é melhor.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Derretendo sob o sol de janeiro

Normalmente janeiro é o mês mais quente do ano. O problema é que ele já está abusando da nossa paciência. As temperaturas em Porto Alegre estão indo acima dos limites. Os recordes de temperatura são batidos a cada dia, estamos vivendo com médias de 35° durante o dia, chegando aos inacreditáveis 41°. Mas tudo isso é culpa do homem, que em nome da modernidade e da comodidade vive com ar-condicionados ligados, não deixa o carro em casa e sai de bicicleta ou transporte coletivo, usa aerosol com CFC. A calota polar meridional está sentindo o efeito estufa e derrete um pouco mais a cada ano. Em breve a Antártida estará habitável. E viver no Rio Grande do Sul será uma prova de fogo tal qual é viver no Saara. Aquelas coisas de ficção-científica, em que a Terra tem uma redoma em volta para proteger dos raios ultra-violeta, serão verdade. Espero que não viva para ver o mundo ser consumido pelo próprio homem.

Quando a escuridão domina os corações

Fazia um tempo que não via um bom filme de terror. Aliás, nem lembro qual foi o último. Daqueles que se toma um susto a cada seqüência, que se sente o coração bater mais forte. Pode até parecer um exagero meu, mas assisti A Escuridão (The Dark), de John Fawcett, num cinema praticamente vazio (era eu e mais três mulheres) e dava para sentir as reações delas a cada susto tomado.
O filme se baseia numa lenda galesa (do País de Gales) que fala de um outro mundo, onde vivem os mortos. E na possibilidade de resgatar mortos com a ida de vivos para o outro lado. A história baseia-se na vida de Adele (Maria Bello, que é a cara da Guilia Gam) e de sua filha Sarah (Sophie Stuckey) que vão viver com o pai inglês, James (Sean Bean), na ilha britânica, mesmo depois dele ter abandonado ambas nos Estados Unidos. Quando chegam por lá descobrem que James vive num local isolado, na região litorânea, próximo a um penhasco. O local parece muito com a Guarita de Torres, mas é muito mais pedregoso. E lá vivia um grupo que seguia a tal lenda galesa como se fosse uma religião. Essa comunidade fez um suicídio coletivo 50 anos antes da chegada da família e o único remanescente é o auxiliar de James, o pastor de ovelhas Dafidd (Maurice Roëves).
O diretor John Fawcett tem muita experiência em séries televisivas, entre elas “La femme Nikita” e “Xena, a princesa guerreira”, mas esse é a sua primeira oportunidade em longas. Ele tem a mão firme, sabe usar o claro e o escuro, mantém o ritmo do filme constante, o som entra na hora certa e na medida certa. E isso num filme de terror é essencial. Realmente dá calafrios, modifica a respiração do espectador, faz a mão suar. O resultado pode ser ótimo para quem gosta de levar a namorada no cinema esperando que ela leve sustos e pegue mais firme na sua mão.
O único filme que havia gostado da Maria Bello era “Duets”, em que ela faz uma cantora de karaokês, e nesse ela mostra toda a sua qualidade. É mãe desesperada, é mulher gritona, é a única que raciocina de acordo com a lenda enquanto que o marido é descrente. O galês Dafidd é enigmático, parece saber mais do que diz. E tem a menina Ebrill (Abigail Stone), que é um fantasma de carne e osso, dócil em alguns momentos, e terrível em outros. E acho que o filme tem de melhor é o final, diferente daquilo que a gente espera e torce. Eu recomendo.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Assinar Postagens [Atom]