quinta-feira, agosto 04, 2005

Herói!

Consegui baixar um filme pela internet e assisti-o inteiro em inglês. Na verdade o filme poderia até ser mudo que não iria fazer diferença. O filme em questão é Heroi, de Zhang Yimou, com Jet Li no papel de Sem Nome, o herói em questão. A história se passa na China antes da construção do maior muro do mundo, ou muralhas se preferirem, quando o país ainda se dividia em vários reinos. Na verdade a história interessa pouco, pois esperava ver um filme de arte marcial e acabei vendo o melhor filme de ação dos últimos tempos. Muitos podem achar que é exagero da minha parte porque gosto é uma coisa que não se discute, cada um tem o seu. Mas o diretor chinês, ainda desconhecido da maior parte do mundo, Zhang Yimou, parece ser um discípulo de Akira Kurosawa, utilizando as cores e grandes áreas abertas (também muito lindas) como cenário da história. Dependendo do que quer transmitir, Yimou usa o vermelho, o verde, o amarelo, o branco, o preto ou o azul para se expressar. Quem ama a sétima arte nem se importa com as cenas de lutas em que os personagens voam ou caminham sobre as águas, algo que parece inverossímil para os ocidentais. As cenas de lutas, todas com espadas e lanças, são muito bem coreografadas pelo também desconhecido Tung Wal. E elas tem o tom exato na música de Tan Dun. Se achei que a comédia Kung-Fusão a melhor dos últimos tempos, então posso dizer que é a China que tem o melhor cinema do mundo atualmente. Quem puder assistir essa obra-prima, mesmo que seja em inglês e pela internet, não perca. quando sair em DVD vou ver novamente. Espero conseguir ver Sin City neste sábado para gastar um trio de ingressos que o Renato Martins, do Cena de Cinema, me passou.

Comentários:
Nildo,

Achei primoroso "Herói", que fui ver no cinema. É inevitável a comparação deste com seu trabalho seguinte, "O clã das adagas voadoras", que também esteve aqui em cartaz aqui. Difícil dizer qual o melhor. A revista Set prefere o "Clã"; eu dou uma pequena vantagem para "Herói".

Muito importante a observação de que pouco importa a impossibilidade dos golpes, vôos e corridas presentes nos dois filmes, como os que já se viu em "O Tigre e o Dragão" e na trilogia "Matrix". A estética, a plástica e o tempo nos filmes chineses são muito diferentes daqueles aos quais o Ocidente está acostumado - o que, se por um lado, pode afugentar o grande público, por outro pode também nos maravilhar.
 
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