segunda-feira, março 07, 2005

Um gol de placa

O futebol brasileiro moderno, carente de craques, elege um candidato novo a cada semana. Sem ter dinheiro para manter os melhores jogadores nacionais, exceção feita ao Corinthians que está armando uma esquadra argentino-brasileira, os times nacionais se vêem na obrigação de lançar jogadores com 18, 20 e até 16 anos. É o caso do jovem Ânderson, que o Grêmio precisou renovar o seu contrato às presas, no sábado, e lhe oferecer R$ 40 mil mensais para evitar que o projeto de craque fuja do Olímpico como fez Ronaldinho. Mas no domingo o garoto deu os primeiros sinais do quanto pode brilhar. Com categoria vista em poucos jogadores (exageradamente comparo com Maradona, Alex, Rivaldo e Djalminha) de perna esquerda, Ânderson chapeleou o tonto volante do Brasil de Pelotas com a chapa externa do pé esquerdo, lançando a bola à frente em direção ao gol. Marcelo Pitol, de destacada atuação, não pôde fazer muito e saiu aos pés do meia gremista. A habilidade do jogador tricolor foi usada de maneira simples, efetuando um pequeno toque com o pé bom apenas para desviar do goleiro. A bola entrou mansa nas redes para finalizar o belo gol. Diferentemente do que fizeram Samuel, Márcio e Luís Felipe, que preferiram o chutão ao fino toque, ao desperdiçarem gols feitos na segunda etapa da partida. Plagiando Nélson Rodrigues, o óbvio ululante diz que há um craque surgindo no Olímpico, daqueles de deixar qualquer um babando ao comer um chicabon nas arquibancadas do estádio em domingo de clássico.

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